IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA.
"Paulicéia Desvairada" é um livro de poemas modernistas escrito por Mário de Andrade e publicado em 1922. Considerado um marco do modernismo brasileiro, a obra retrata a cidade de São Paulo e suas contradições, buscando romper com os padrões estéticos e literários do passado.
O título "Paulicéia Desvairada" faz referência ao apelido dado a São Paulo na época, que significava "cidade louca" ou "cidade delirante". O livro é composto por 54 poemas, nos quais Mário de Andrade utiliza uma linguagem inovadora, repleta de experimentações formais, fragmentação e coloquialismo.
Os poemas retratam a metrópole paulistana em sua efervescência, mostrando a diversidade cultural, a agitação urbana, as tensões sociais e os contrastes entre o progresso e o atraso. Mário de Andrade apresenta uma visão crítica da cidade, revelando sua complexidade e desigualdades.
Ao explorar a vida urbana, o autor aborda temas como a solidão, o anonimato, o caos, a modernidade, o trabalho, o amor e a própria poesia. Os poemas são marcados por uma linguagem coloquial, com influência do cotidiano e das manifestações populares, além de elementos surrealistas e vanguardistas.
"Paulicéia Desvairada" rompe com as convenções literárias vigentes na época, introduzindo uma nova estética na poesia brasileira. Mário de Andrade busca expressar a multiplicidade e a complexidade da cidade, assim como suas contradições e o ritmo frenético da vida urbana.
Com essa obra, Mário de Andrade se consagrou como um dos principais expoentes do modernismo brasileiro, deixando um legado importante para a literatura nacional. "Paulicéia Desvairada" representa um marco na história da poesia brasileira e um retrato vívido e intenso da cidade de São Paulo.
Comentários
Postar um comentário